Às vezes eu deixo de pensar nas composturas, passo a sentir mais as texturas, as coisas que a gente vê mas não enxerga. É como um botão de liga/desliga, só que no automático, sem nenhuma embreagem para pressionar. E, por mais queira soltar e apertar o acelerador, ele não vinga, não existe. Eu fico sem pés.
Queria eu aproveitar esse momento para entender melhor o que está no meu subjetivo, mas quanto mais eu tento chegar perto da ideia, mais distante eu vou ficando de mim, meu corpo tá longe. E eu perco, me perco nos giros soltos que vou dando para cumprir as burocracias. Cambaleio pelas conversas, já não entendo mais de festas e muito menos de como me portar. É como se tivessem apagado tudo. Ou tudo tivesse perdido o sentido, as coisas parecem tão bobas.
O assustador é perder o tato e ao mesmo tempo visualizar tanta coisa, tanto detalhe. As coisas vão virando gente e a gente vai perdendo cor, ou pelo menos eu, eu perdi cor. Me apaguei, me deitei. E não consigo mais saber se o que eu sinto é nulo ou dor. Ou nenhum dos dois.
E eu fico indiferente a tudo. Vou passando, vou deixando, vou andando sem ninguém.
Trilha sonora: Oskar Schuster - Les Sablons
Au revoir
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
as maos aos poucos se entrelaçam, o coração palpita mil vezes e uma emoção diferente te conduz...
o amor que nao tem hora marcada...nem lugar de chegada...
apenas vem...
e se é correspodindo, com um sussurro no ouvido:
eu te amo tbm..
ai,nao existe loucura e muito menos lucidez..
ha apenas a vontade de amar e amar outra vez...
https://www.facebook.com/lucasjordao.lopesbarbosa
http://apenasmateus.blogspot.com/
Postar um comentário
votre avis