16.3.12

This is not a drive by!

  Faz muito tempo que eu não posto aqui, eu sei.. Mas eu acho que parte disso se deu ao fato de eu realmente ter esquecido o sentido disso tudo. Não adianta nada fazer posts vazios se eu criei o blog justamente para ser um espaço onde eu me apoio e posso contar quando preciso.
 Bom, o que importa é que, mesmo vindo de um lugar não muito bacana, eu meio que me forcei a perceber que precisava de uma mudança, e urgente! Nesse último mês eu estava naquele estado que eu gosto de chamar de automático, mas mais do que isso, extremamente vazio. Eu não estava afim de me cuidar, de correr atrás das coisas que eu quero. O que eu gosto de fazer parecia ter perdido a graça, como se toda a minha energia se voltasse para o esforço que eu precisava na hora de levantar, ir à escola, estudar, e depois me preparar com os testes que eu fazia.
 Com certeza, os testes estavam me dando uma super esperança de que as coisas iriam mudar. Eu nunca pensei que iria conseguir uma oportunidade dessas e muito menos que chegaria tão longe. Sei lá, eu sou muuuito insegura e coisas como essa não aparecem sempre na minha vida. Parecia mentira, mas do nada eu estava num lugar tão bom, tão confiante. Me dei bem com todo mundo, estudei pra caramba, me esforcei pra caramba, fiquei nervosa pra caramba, mas no fim me deu uma sensação de que tudo daria certo.
 Uma semana mais tarde eu desanimei um pouco, fiquei doente e me perdi um pouquinho do que eu acreditava ser bom pra mim. Num clima desses tudo o que me animava era a possíbilidade de ter uma coisa que me faria bem, me levantaria um pouco e me faria crescer bastante.
 Ontem à tarde eu estava no pior momento de todos, com a cabeça ainda em questões canadenses mal resolvidas, e querendo uma virada o mais rápido o possível. E daí veio a bomba. Uma ligação acabou com todas as minhas esperanças de um futuro trabalho bacana. De volta aquela sensação de ser relativamente muito pequena em relação a tudo o que eu quero, muito longe e fora do meu alcance. Não é nem um pouco legal se sentir insuficiente.. E como se, mesmo me esforçando para dar o melhor de mim, me expondo a situações das quais eu não estava acostumada e tentando superar todas as minhas inseguranças, eu ainda sim não tinha sido boa o bastante e isso dói. Da vontade de desistir de tudo, porque talvez eu não tenha mesmo sido feita pra isso. Mas então fazer o que, se é de isso que eu gosto?
 Bom, acho que num momento desses não tem como não se sentir mal, e eu ia diminuindo, diminuido até ficar pequena demais pros meus próprios pensamentos. Chorar e dormir, era tudo o que eu precisava, e foi tudo o que eu fiz.
 Aquela noite parecia interminável, mas o dia chegou e com ele uma onda de pensamentos positivos.  Minhas amigas apareceram e deram vida para esse quarto morto. Eu tomei um banho e decidi limpar toda a minha tristeza. Eu me livrei de toda aquela vontade de desistir, e agora tudo o que eu quero é ir mais longe ainda, provar àqueles que me rejeitaram que eu posso (e vou) ser muito melhor do que isso :)
 Na minha cama, com "Drive By" no máximo, lençóis dessa semana já na roupa-suja, minhas amigas planejam o ano que vem, a faculdade e as viagens enquanto eu escrevo esse post. Agora, mais do que nunca, eu preciso lembrar de que tudo é muito efêmero e que logo, logo eu posso conseguir algo ainda mais especial. É só me dar o melhor de mim em tudo o que eu posso e esperar pelo que eu ainda não posso.
 Tudo vai dar certo, e se não aconteceu, é porque não era para ser.. Virão melhores! :)

Trilha sonora (pra animar!): Drive By - Train

Au revoir!