30.8.12

Past all the signs of the slow decline

 Às vezes eu seriamente acho que as coisas das quais eu sempre pensei que fossem predestinadas a acontecer talvez não caibam mesmo na minha vida.
 Sei lá, eu me preocupo com coisas tão pequenas, tão bobas perto de pessoas com problemas de verdade. Eu me sinto muito mal mesmo por isso, e começo a me preocupar em me preocupar com coisas diferentes. É. Eu sei....
 Bom, a questão é que eu nunca entendo direito se não estou dando valor as coisas certas, ou só me encontrando com as erradas. É engraçado como eu sempre acho que dessa vez vai dar certo, e não dá. Ou é falta de confiança em mim mesma ou confiança demais no destino. Se é que isso existe mesmo.
 Sabe quando a gente é criança e se imagina no futuro de um jeito muito distorcido, mas, de alguma forma, certo? Mesmo que nós tentemos ao máximo nos afastar desta memória e preencher o espaço com coisas mais "reais", mais adultas, ela sempre vai estar lá, nos assombrando.
 Eu não sou alta, magra, inteligente ou bem sucedida como eu achei que seria. Mas eu sou muitas outras coisas, coisas que eu nunca imaginei que seria. E por mais que às vezes a minha idéia de quem eu deveria ser não é correspondida por quem eu realmente sou, eu acabo me surpreendendo com outros detalhes, detalhes que eu não percebia antes, e que, bons ou ruins, ainda vão estar por perto.
 Me conforta a idéia de que ainda tem muito chão por vir, muitas oportunidades de mudar, das minhas idéias mudarem, e quem sabe eu construir algumas expectativas novas? Não mais reais, não mais adultas, mas diferentes... Diferente é bom.

 Trilha sonora:  Featherstone - The Paper Kites

Au revoir!




25.8.12

Till it eats the heart from your soul..

 Desculpas são pretextos nos quais nos inserimos para evitar algum o domínio de realidade na vida. Criamos, pensamos, estruturamos e nos enganamos. E mesmo que isso nos prenda em algo bom ou ruim, nunca vai ser de verdade. Apalpável.
 O problema é se perder dentro de suas próprias invenções, caminhos meticulosos que desembocam em labirintos e, em teoria, mascaram a entrada para um outro lado mais difícil (muitas vezes só por aparência). A gente não sabe mais o que já estava ou não no caminho e construimos inseguranças, obstáculos falsos, nos armando de qualquer recurso que estiver a mão. E aí já era. Está tudo misturado.  
  Podemos até fingir permanência em alguns aspéctos, mas garanto que de permantes não terão nada. De tantas promessas, feitas, desfeitas, esquecidas ou até relembradas, no fim o que resta é o que foi feito. Então mesmo que deixemos para a semana que vem, mês que vem, futuro que vem, elas não vão se realizar se não forem colocadas pra fora do imaginário.
   É assim que a vida funiciona, matéria não é feita de suposições.

Trilha sonora: Silent Sigh - Badly Drown Boy

Au revoir!