19.12.11

MMM NOVEMBRO

  Demorou, mas aqui estão as músicas que não sairam do "repeat" no meu iPod no último mês! Bom, pra explicar um pouquinho, eu tenho andado com uma vontade de escutar músicas mais instrumentais, e novembro não foi diferente.. Voltei bem no tempo, e fiz muito bem. As músicas que eu escolhi compartilhar com vocês são clássicas e muito especiais para mim. Eu sinto nelas uma facilidade incrível de conectar com a poesia. Não sei se algum de vocês também já pensou nisso, mas ao ouvir, por exemplo, o violão-cello marcate de Yo-Yo Ma, é possível enxergar cada pedacinho de vunerabilidade típica na poesia romântica e ao mesmo tempo uma firmeza que guia o contexto da música. Sei lá, eu posso estar exagerando na análise haha mas realmente vale à pena apreciar e sentir cada nota destas obras:

  1. Winter - Vivaldi
  2. Elgar Cello Concerto - Yo-Yo Ma
  3. Valse Sentimentale - Tchaikovsky
  4. Cello Suite No.1 Prelude - Bach
  5. Libertango - Yo-Yo Ma & Astor Piazzolla (um máximo)

Au revoir!
11.12.11

Leave a message at the tone..

  É engraçado como às vezes o fato da gente passar muito tempo em uma rotina fechada acaba tornando muito mais difícil nos desapegarmos à ela, e esse período de transição pode vir junto com muitos outros fatores que se desregulam. Minhas aulas acabaram à dois dias, e eu ainda me sinto como se eu tivesse que estudar para alguma prova na segunda-feira. Nesse último mês a minha vida esteve maluca, completamente maluca. Eu tive semana de trabalhos e logo em seguida, mais duas de provas, tudo o que eu pensava era em estudar e dormir. Só.
 Agora que tudo isso deu uma aliviada, eu ainda não consegui me desprender aos pensamentos de antes,  foi um choque tão grande de que, de repente, eu troquei os estudos de sexta à noite por festas ou programas com os amigos, que todo o resto acabou se desequilibrando um pouco. Mas acho que todo começo de férias merece uma loucurazinha!
 Agora no meu quarto, com um cházinho e um bom livro o que eu mais quero é descansar, e deixar um pouco as minha preocupações com faculdade, terceiro ano, e todo o resto de lado... Hoje vai ser um dia só meu e de não fazer nada. Por mais que existam mil coisas que eu ainda queira ou tenha que fazer, vou me obrigar a vestir uma roupa confortável e relaxar um pouquinho. Convido todos vocês à fazer o mesmo, afinal, a gente merece :) Que dezembro seja incrível!

E para entrar no clima.. a trilha sonora: The Lazy Song - Bruno Mars (hahah :D)

Au revoir!
5.11.11

MMM OUTUBRO

 Hoje vai sem introdução mesmo :) Bom, outubro foi um mês super confuso para mim e acho que essa lista vai refletir um pouquinho desse potpourri de sentimentos e estilos:


  1. Heretics - Andrew Bird
  2. Claustrophobe - Katie Todd
  3. Satellite - Guster
  4. Heaven is in New York - Wyclef Jean
  5. Yann Tirsen -  Comptine d'un autre été: l'après-midi
 Au revoir!

Em carne e osso

 Acordei cedo. O barulho das marteladas na parede vizinha e os passos no cômodo acima não me deram tempo nem de abrir os olhos por vontade. Os sons ritmados da reforma eram traduzidos como o bater de relógio na minha cabeça, e a sua contagem ia ficando cada vez mais alta. Mais alta, mais alta e mais alta. Tem sido assim pelo último mês inteiro, tudo o que acontece tem sido metrificado por esse pêndulo imaginário, acelerado, que repete o dia inteiro, a noite inteira, e muitas vezes me deixa sem ar.
 Eu consegui acompanhar o passo desse relógio por um bom tempo, e até me orgulho disso, mas chegou um ponto em que ele começou a pesar de mais, e eu deixei de acompanhar. Foi como se eu perdesse uma inspiração, e, por essa fresta de tempo, eu me desliguei de todo o resto. Foi assustador.
 Não sei muito bem como explicar, porque também não sei se alguém vai me entender, mas é como se por dois dias eu tivesse deixado de viver no piloto automático que todo mundo sempre vive. Aquele momento em que saimos um pouco do nosso corpo e adquirimos um olhar de fora, do tipo que entende que nós somos seres individuais. Quando você percebe que é você mesmo, uma força estranha, que controla esse apanhado de carne, ossos e pele. Você não está mais se deixando levar pela situação, e sim pela sua existência. É uma sensação tão grande, e ao mesmo tempo tão sozinha.
 Eu vivi uma série de situações novas durante um curto período de tempo, elas me atravessaram feito um tiro, e foi só nesse momento, nesse intervalo de respiração, que eu realmente me senti fora do ar. É como se tudo o que eu tivesse vivido até agora perdesse todo o sentido nesse meio tempo, eu realmente deixei de respirar.
 Foi assustador. E nesse contexto vale repetir, porque eu acho que é algo que vai me assombrar pelo resto da vida; o medo de pular essa inspiração novamente. Expirar sem ar, me expirar totalmente, até esvaziar. Todos os pensamentos obscuros que eu já tive medo de sequer soprarem por mim vieram à tona, e me atravessaram por inteira. E o fato de eu estar tão ciente do meu poder sob o meu próprio corpo, me fez perdê-lo tão rápido que me deixou distante, aérea. Essa força toda perdeu a sua importância, assim como a minha vida, e eu não sabia mais como controlá-la, eu havia desaprendido tudo. Ao meu redor, as coisas desapareciam pouco a pouco e as vozes iam para longe, bem longe. Como eu poderia ter tanto medo de mim mesma? Como isso poderia me tomar de um jeito que eu entrava em pânico cada vez que pensava em acordar?
 Eu demorei para decidir se mencionaria isso ou não aqui no blog, mas é algo que vale a pena compartilhar. Foi algo que fez eu me sentir tão sozinha, que hoje eu sinto a necessidade de comunicar, de alguma forma, para superar isso de uma vez por todas.

Trilha sonora: Yann Tirsen - La Valse d'Amelie

Au revoir!
3.10.11

MMM SETEMBRO

  A casa cheia e o som estridente da guitarra aguda saindo pelos amplificadores nos cantos do palco conferem uma atmosfera gostosa, a platéia sorri com o refrão de "Sweet Child O' Mine" e os aplausos ao fim da música abafam a acústica do espaço relativamente pequeno, como o de esperado.
  Bom, o MMM deste mês começa com a minha ida ao show da banda de alguns amigos meus, no qual foram inclusos covers que me inspiraram para criar a playlist que eu tenho ouvido nas últimas semanas. Os clássicos do rock n' roll e grunge tomaram a lista dos "mais tocados" no meu iPod, os solos exagerados, bateria marcante e vocalistas cabeludos voltaram a fazer parte dos meus favoritos, e agora vou compartilhar com vocês as 5 músicas que mais me inspiraram! Comentem e me contem quais mais te inspiram:

  1. "Sweet Child O' Mine"- Guns N' Roses
  2. "Smells Like Teen Spirit"- Nirvana
  3. "The Trooper"- Iron Maden
  4. "One"- Metallica
  5. "Dream On"- Aerosmith
Au Revoir! 
29.9.11

Desde o amanhecer até quando eu me deito..

  Semana pesada, lotada de trabalhos, provas, escola, escola e mais escola.. Hoje eu tirei o dia para aprofundar um pouquinho mais a minha pesquisa para o ensaio de biologia. Um tema um tanto complicado, e diria: O que é vida. E se você lê o meu blog já deve saber que eu vou pirar na filosofia e  de biologia não vai sobrar quase nada para avaliar... hahaha Mas chega de escola porque por hoje eu já não aguento mais pensar.
 Bom, o que me deixou feliz essa noite, foi relembrar um pouquinho os velhos tempos. Eu costumava sentar nesse mesmo sofá em que estou agora com o meu pai há uns quatro, cinco anos para assistir desenhos animados, comer marshmallows e jogar conversa fora. Um furacão de nostalgia contagiou e a cena se repetiu com um DVD de Lizzie Maguire, chocolate quente, e milhões de lembranças.
 É super gostoso se encontrar em situações como essa, em que coisas tão bacanas da sua infância voltam sem você nem se dar conta do quão deliciosas elas eram.. E é pura sorte, e talvez até acaso, as ocasiões em que a gente consegue revivê-las tão à risca. Porque se pensarmos bem, são noites como esta que se passariam despercebidas pelas muitas outras diversões nas nossas vidas de criança.
 Isso me fez pensar um pouquinho no que eu tenho para aproveitar aqui e agora, com dezesseis anos e uma vida incrível. Só o fato de eu poder me deliciar um pouco com uma lembrança tão gostosa, e passar muitos outros momentos tão bons, já me faz muito feliz. Acho que além de tudo, muito, muito agradecida!
 Pode estar acontecendo a maior tempestade do mundo na minha casa, mas eu sei que os meus problemas não são maiores do que os de muita gente, e eu acho que eu já devo muito por isso. As coisas acontecem dentro de um determidado ciclo, elas se criam e reinventam o tempo todo, e mudanças, mesmo que boas ou ruins, sempre tem um outro lado. E é isso o que está me dando a maior força do mundo nesse momento, acreditar em mudanças, na incrível efemeridade da vida, e como isso faz bem.

Em homenagem à nostalgia, a trilha sonora de hoje é: Velha Infância - Os Tribalistas

Au revoir!
22.9.11

You were only waiting for this moment to be free

 iPod no ouvido, os passos largos, mochila pesada e aquele ar fresco das manhãs de setembro. É engraçado como essa cena se repete cinco vezes por semana e eu nunca realmente parei para refletir sobre ela.
 Nós vivemos em bolhas muito restritas, em nossos próprios arredores e seus habitantes. As coisas novas no nosso dia-a-dia normalmente vem de situações das quais esperariamos acontecer, nada muito fora do ciclo em que vivemos. Mas se repararmos bem, existem pequenos elementos, pequenas coisas que vemos ou passamos frequentemente, e que nunca realmente prestamos atenção. Esses pontos fazem parte das nossas vidas, das nossas referências, mas se vão embora, dificilmente se é notado. 
 Parar para pensar no destino daquele moço de dreads que sempre entra no Vila Rosa das 6h43, por que o guarda da rua não retribuiu o seu "bom dia" de hoje, ou até mesmo em como as rosas da sua vizinha estão bonitas. Já são exercícios validos. E eu não digo isso num sentido ruim e meio perseguidor de tentar se meter na vida dos outros, mas em pensar além da bolha, enxergar alguns territórios desconhecidos, as coisas pequenas.
  E isso me deixa feliz de vez em quando. Sabe, só do fato de prestar atenção em uma coisa além do superficial, que pode não fazer diferença nenhuma na sua vida dentro da bolha, mas que vai te dar um espaço para escapar das preocupações de sempre. É como ficar sem fazer nada, só observar, pensar. Mas não em você, nós já pensamos de mais em nós mesmos, no mundo.
 Saí para correr esta tarde, e o intuito de queimar algumas calorias acabou se transformando em outra coisa. Eu me destraí com o céu, o vento, o barulho das folhas secas em contraste com os meus passos. A vida é muito louca, estarmos vivos é muito louco, e descobrir isso todos os dias me dá muito medo. Acho que vai além do medo. Me da sede, me da vontade.
 Quando nos deparamos com essa força em um dia qualquer de nossa rotina, tudo fica diferente. As coisas ficam mais claras, mais soltas, e ao mesmo tempo mais complexas. Cada partícula da Terra deve se sentir do mesmo jeito que nós.
O  mundo nos observa e a gente observa o mundo.

Trilha sonora: Blackbird - The Beatles

Au Revoir!
29.8.11

And in the night we'll wish this never ends..

 É engraçado pensar no passado. Sabe, quando a gente tenta moldar as histórias e até enganar nossas próprias memórias, a fim de tentar voltar? E mesmo não sendo perfeito, aconteceu desse jeito, e vai continuar como está. Mas assim continuam as risadas, as conversas incabadas, de como seria, como a gente faria se pudesse tentar outra vez. Mas que graça teria se tudo desse certo o tempo todo? Se não tivesse nenhuma falha para a gente pensar em passar o rodo? O certo de agora não teria sentido, quem sabe a gente nem teria se conhecido. Não iria ter o que brigar, o que pensar em deixar para trás. Eu não gostaria de você, não pensaria em te ver, e já nem sei mais.
 Eu gosto das coisas assim, e já é bem distante pra mim do tempo que a gente se lembra. É como se tudo não fosse com a gente, como se só a história já fosse o suficiente, para nos fazer mudar de papel. Já não tem mais nada de errado, os erros são erros e estão no passado. As lendas de antes só nos servem para rir, e tudo não passa do que está para vir.
 Então deixa ser, deixa ser...

Trilha sonora: I Miss You - Blink 182 (só pra variar um pouco...)

Au revoir!
28.8.11

:) 1000

 Nossa, eu não faço idéia de como descrever isso! Eu lembro direitinho do meu nervosismo ao postar aqui pela primeira vez o link para o meu, récem criado na época, vlog e depois do meu sorriso enorme ao ver todo o feedback positivo. Mas 1000 pessoas acompanhando os seus vídeos toda a semana é uma coisa de louco, não tenho nem o que dizer.
 Agora eu só espero que com o passar do tempo eu consiga me dedicar tanto quanto eu desejo ao canal e fazer deste projeto o melhor possível, não só por mim, mas pelo prazer de saber que além de mim vai ter muita gente por aí aproveitando o que eu posto. E quem sabe isso não vai ser merecedor de mais mil inscritos? Quem sabe..
 Bom, mais do que nunca, hoje eu sinto a necessidade de agradecer cada um que comenta, discute e me ajuda a construir o Destino Canadá! Obrigada por tuuuuuudo :)

Au Revoir!
27.8.11

MMM AGOSTO

 Enquanto escutava "I'm Sorry" da banda inglesa Life in Film ao escrever o post anterior, tive a idéia de criar uma pequena série de posts que, se der certo, pode ser até ser levada pra frente! A MMM seria a sigla pra "Melhores Músicas do Mês", ou seja, as minhas músicas favoritas no mês :) E quem sabe isso não acaba sendo um bom tema para vlog?
 Vou dar uma selecionada e diminuir a playlist para 5 faixas, para não perder o foco e também não estrapolar, né  :p Bom, esse mês de agosto o meu gosto tendeu bastante para o rock/folk (na maioria das vezes inglês). Cellos, violinos, xilofones e até ukeleles são adicionados aos quatro básicos do rock e a criatividade aumenta cada vez mais! Ouçam e comentem:

  1. I'm Sorry - Life in Film
  2. Burst its Banks - Kill it Kid 
  3. O Leãozinho - Beirut
  4. I Feel Better - Frightened Rabbit
  5. Young - Dog is Dead
Au revoir! 

You take me on and take me miles away..

"Time remaining: About 15 minutes"

 É o que se lê na janelinha do meu iMovie. Pois é, hoje tem vídeo "novo" :) Apesar de ter sido gravado ainda nos ares canadenses, estar postando esse vídeo é um grande passo pra mim no sentido de achar um espacinho para o meu passatempo favorito em meio à loucura que eu tenho vivido nesse último mês. A escola tem sido mais complicada do que eu poderia ter imaginado, e a saudade aperta mais que tudo.
  Estudar tem sido a minha prioriadade, e algumas coisas das quais eu gosto muito acabaram ficando um pouco de lado. Mas eu sinto que isso vai compensar pra caramba, eu já estou entrando novamente no ritmo escolar (bem mais puxado) da minha escola paulista, e logo, logo, poderei focar em novos projetos!
 Eu tenho pensado muito no futuro e no que eu vou querer para a minha vida. O fim do ano está chegando, e a minha ansiedade aumentando. Eu quero tudo de uma vez, e quero logo! Agora que voltei, já tenho mais de cinco cursos grifados na minha lista. No quesito faculdade, nunca tive nenhuma insegurança de que seria dentro da área de comunicações sociais, mas a dúvida permanece entre Publicidade e Marketing e Jornalismo.
 Tudo bem, tenho 16 anos e um tempinho pra descobrir... Por enquanto explorar e conhecer as minhas possibilidades são as minhas únicas opções. Mas quem sabe isso não me leva à algum lugar maior?

Trilha sonora: I'm Sorry - Life in Film

Au revoir!
22.7.11

E agora?

 Vamos lá. Preciso dar uma retomada em todas as minhas redes virtuais, e já. Eu me comprometi em mantê-las e vou tentar focar agora e voltar ao mesmo ritmo que estava antes. Eu estive tão perdida esses dias e parece que só vou afundando mais. Deve ser coisa minha, mas quando a minha vida não está organizada, tudo no lugar, e algum ponto, por menor que seja, sai da linha o resto tende à ir com ele.
 Então eu chego na grande São Paulo. Estou completamente acabada da viagem, com saudade de todo mundo, com uma ansiedade e medo gigantescos. E passa uma semana, e agora duas. Não tive quase nenhum tempo para me organizar sozinha, para pensar no que vai ser agora. Ao mesmo tempo que queria resolver tudo logo e entrar em um bom ritmo, estava com preguiça de tentar, e acabava deixando tudo pela metade.
 Tentativas de comer saudável já foram e voltaram mais de 5 vezes, os cursos extra curriculares desse ano ainda não foram resolvidos, o material escolar ainda não foi comprado, o livro de Língua Portuguesa ainda não foi lido, os vlogs parecem ruins demais para serem editados, a saudade de Montreal só aumenta e tudo o que eu quero é dormir. Ah, e eu estou doente.
 Minha ansiedade se transformou em uma caixa de chocolates vazia e a lista de coisas à terminar essas férias continua intacta, nenhum sinal marcando a produção de alguma tarefa. NADA. E é tudo minha culpa. O buraco vai ficando mais fundo e a minha única reação é me esconder.
  Eu lembro que um dos primeiros posts meus aqui no blog se referia a como eu sinto necessidade de dar um rumo à minha vida desde cedo. Traçar objetivos e cumpri-los em um certo prazo, na pressão que eu crio à mim mesma. E é assim que funciona, eu quero ter uma base sólida, eu quero dar o melhor de mim. Acontece que a minha vida está rodeada de ações inacabadas e projetos mal feitos.
 E agora?
8.7.11

Happiness hit her like a train on a track

 Eu acordei de novo com a vista das malas bagunçadas no chão de carpete azul marinho do hotel. A colcha em um tom bege escuro que eu tanto odeio continua desfeita em quanto eu olho no espelho e repenso os planos para o dia. "Três dias" é só isso que vem na minha cabeça. Eu não consigo voltar ou passar mais rápido do que isso, o tempo parou agora e não tem nada que mude isso.
 O mundo de coisas que aconteceram entre o finzinho de janeiro e agora é inacreditável, e tudo vem à tona como se fosse ontem. Que delícia. A sensação de que eu tive uma das melhores experiências da minha vida me confunde com o fato de estar acabando. Eu não sei como tudo pode ser assim tão incrível e ao mesmo tempo tão passageiro.
 Sou eu que sempre falo de efemeridade, e o quanto ela faz parte da vida, e acho que é até por isso que isso foi tão especial. O fato de se tudo tão diferente, tão novo. Eu vou voltar, já sabia disso desde o começo, vou passar por outra fase da minha vida e tentar aproveitar o tanto que aproveitei essa. E depois quem sabe eu não volto?
 Estou feliz. Estou feliz com tudo o que aconteceu, as pessoas que conheci, lugares que eu fui,  os problemas que eu resolvi, porque agora tenho certeza que tudo o que eu vou deixar para trás são bons tempos, boas lembranças, positividade. E não se pode pedir coisa melhor do que isso.
 Agora, em tempo real, eu ainda tenho um dia inteiro com as montrealenses mais lindas do mundo, me despedindo de todas as memórias que criamos juntas. E amanhã é reservado para os meninos que fizeram da minha viagem a melhor de todas. Domingo... Domingo é o meu embarque. E eu tenho certeza que vou estar com um sorriso bem grande, porque sim, valeu à pena! :)



 "Coming towards her stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with her drink
And washed it away down the kitchen sink"


Trilha sonora: "Dog Days Are Over" - Florence and the Machine

Au revoir!!!
19.6.11

Still a little hard to say what's going on

 Sensação esquisita, desconfortável. Parece que nada está certo e eu não consigo achar nenhuma posição que me faça sentir melhor. Está tudo meio no automático e a minha força de vontade desapareceu. A cor creme do teto e o papel de parede descascando já se tornaram familiares para os dias em que eu fico na cama. A playlist "Gray Days" do meu iTunes de soundtrack enquanto eu tento descobrir o que eu estou sentindo. E não passa.
  Os dias já cansaram de me ver parada, e o relógio vai contando as lágrimas que ainda não cairam. Meu rosto não tem expressão, e os pensamentos, congestionados, vão se enroscando cada vez mais. Esqueci todas as promessas, e nenhuma, nenhuma dessas, vai me fazer sorrir.

Trilha sonora: Cannonball - Damien Rice

Au revoir!
11.6.11

Ain't it strange how seasons move so fast?

 Shorts jeans, sol forte, country ao máximo volume e risadas contagiantes. O clima canadense na feira caipira de ontem estava mais do que patriota. As rodas gigantes e montanhas russas piscavam luzes de todas as cores e os adolescentes corriam para um lado e para o outro com maçãs do amor e algodões doces combinados com os bichos de pelúcia gigantes que teriam ganho em um jogo de barraca qualquer. Eu, Cindy, Katie, Rachel, Kurt e Mark, embreagados de tantas atrações, nos esforçavamos para achar uma atividade que agradasse à todos, sem excessões. A tarde foi uma delícia, contenta por competição de tratores, donuts caseiros e bichos de fazenda.
 O dia foi escurecendo e as luzes brilhavam mais forte, o humor de todos estava às alturas e as horas que passavam tendiam a tornar tudo melhor ainda. Vagando entre tendas eu e a Rachel achamos um pocket show da banda blues/country/indie CAB e nos juntamos ao público animado que dançava e tentava acompanhar as letras recém escritas que os dois amigos de vinte e poucos anos cantavam junto ao microfone.
  Histórias de infância foram se esparramando pelos cantos do pequeno toldo bege e as risadas e piadas se tornaram mais constantes. É engraçado como momentos assim podem fazer o seu dia inteiro valer à pena. As cameras começaram a rodar e a cada vez que as músicas se repetiam para cobrir todas as tomadas necessárias para o clipe, o público ficava mais animado e de hora em hora alguém gritava uma parte do refrão que aparentemente já tinha sido decorada.
 No final do show os grupos se separavam lentamente com sorrisos satisfeitos em busca de alguma alegria que a feira pudesse oferecer. Nós acabavamos de conversar com os músicos e nos tocamos de como tudo aquilo foi especial. Nos afastamos das luzes enquanto cantarolávamos trechos aleatórios da última música tocada e procurávamos pelo resto da família.
 A noite se encerrou com café quente descendo rápido a cada gole e algumas lembranças de visitas anteriores ao paque tradicional de verão. Não poderia ter sido melhor, e aquele céu sem estrelas me lembrou das vastas possibilidades que eu ainda tenho. Tudo é tão inesperado, espontâneo. Oportunidades são o que não falta. Eu posso não ter percebido durante a minha vida toda, mas não é só no Canadá que eu posso ser feliz desse jeito. O mundo inteiro tem seus instantes de prazer, alegria e agora eu vou fazer de tudo para não perder sequer um segundo. Eu só tenho dezesseis anos (:

Trilha Sonora: Sweet Summer - Cab

Au Revoir!
5.6.11

A privy seal to keep the feel of 1960 style

 Eu quero uma tarde regada à cafeína e conversas jogadas fora. Num antigo café escondido no subúrbio, livros de arte e alguém para ouvir as minhas teorias bobas. Eu quero um pôr-do-sol encorpado que sombreie os sorrisos de fim de tarde e as risadas sobrepostas. Um dia sem preocupação ou reputação, esquecer que tempo é pouco e os momentos não são muitos, um dia sem contar as horas, pra contar histórias, até o folêgo acabar.
 E que esquecamos as etiquetas, por favor, não precisamos levar tudo às direitas. E mesmo que não dure, que a gente mude, desapareça e até se esqueça, o verão vai continuar eterno. E que muitos outros se percam por pelo menos um dia, só por prazer, para deixar acontecer o que tiver que ser. Não quero perder nenhum segundo, quero correr, fugir desse mundo e criar o meu próprio envelhecer.

Trilha sonora: Piazza, New York Catcher - Belle & Sebastian

Au revoir!
3.6.11

I was happier then with no mind-set..

 Último dia de aula.. Year Book's assinados, correria pelos corredores pra tirar foto com todo mundo, aulas livres e nos últimos dois períodos um mega churrasco no campus. Foi triste, eu chorei pra caramba, e nos emocionamos muito. Não consegui me despedir de muita gente e me bateu uma sensação horrível de que eu poderia ter aproveitado tudo isso muito mais do que eu aproveitei. Tem MUITA gente legal naquela escola que eu poderia ter ficado mais próxima e muita coisa bacana que eu poderia ter feito, e, só agora, eu bati de cara com o fato de que vou voltar daqui um mês pro Brasil.
 Como é que as coisas podem passar tão rápido? Como é que eu posso ter deixado tudo isso escapar num piscar de olhos? Eu quero mais. Muito, muito mais. Aquelas coisas que foram deixadas de lado, discussões inacabadas, ideias que já podiam ter começado, oportunidades, oportunidades. Mas agora só depende de mim, eu posso resolver tudo ou nada nesse último mês, e fazer dele o melhor possível ou não. 
 Mas será que vale à pena? 
Trilha Sonora: New Slang - The Shins

Au revoir! 

18.5.11

Even if I come back, even if I die.

Eu sinto falta de escrever músicas. Eu sinto falta de pegar o meu violão e colocar num papel qualquer coisa que estiver na minha cabeça. Da gaveta cheia de folhas e palavras bagunçadas, embaraçadas, sem sentido. Era uma coisa pra mim, e eu deixei a minha inseguraça levar tudo embora.
Essa é uma das sensações que eu tenho saudades, e às vezes duvido muito de que vou conseguir recuperar. É como a força de vontade que eu tinha antes; eu consegui alcançar tanto! E agora eu acho que eu perdi um pouco disso, fiquei mais preguiçosa. Eu não sei o que aconteceu, não sei porque tudo começou a ficar tão relaxado, é como se eu tivesse deixado de me importar.
Não sou eu, eu não sou assim.
Tudo bem, tem milhões de coisas passando pela minha cabeça agora e mais do que nunca eu não faço idéia do que eu quero. Meu medo de voltar é tão grande quanto a saudade que eu tenho de algumas coisas, e não tem nada que faça um dos dois provar ser mais forte.
O tempo vai passando cada vez mais rápido e eu sinto como se não tivesse controle de nada. Eu queria parar e pensar um pouco em tudo. Parece que eu ainda não estou preparada para deixar Montreal, tem tanta coisa que eu quero fazer, descobrir, conhecer...
Mas talvez a timing seja mesmo perfeito; com seis meses eu não vou conseguir me apegar à algumas coisas (ou pessoas) do que com mais tempo, ou vou? Eu me sinto tão vaga, distante. Será que isso é normal?

"If you had a part of me, will you take your time?
 Even if I come back, even if I die. 
 Is there some idea to replace my life?"

Vale à pena? Mesmo que seja só por um instante? 


Trilha sonora: "For The Widows In Paradise" Sufjan Stevens


Au revoir! 
7.5.11

Twenty ways to see the world

O vento fresco, as folhas novas, céu azul... Eu amo a primavera! É incrível como me custou uma visita ao downtown hoje de manhã para perceber o quanto a cidade estava bonita. Montreal está cheia de vida depois de esse inverno prolongado e eu decidi que vou aproveitá-la ao MÁXIMO! 
Esses últimos dias tem sido bem difíceis pra mim, não quero entrar em detalhes porque não gosto de lembrar, e nem quero refletir sobre isso. Mas o que importa é que eu me conscientizei de que só tenho mais dois meses por aqui e não quero desperdiçar nenhum segundo.
Às vezes eu sinto que entro no modo automático e tudo passa super rápido, e eu sei que agora o tempo vai aparentar mais curto ainda. Então não vou esquentar a cabeça com coisas que podem ser evitadas e de certo modo contornadas.
A minha conversa regada à café puro, ovos Benetict e salmão defumado de hoje com os meus fiéis confidentes brasileiros Matheus e Flávia já me rendeu muito o que pensar, e eu acho que não importa as circunstâncias que você esteja, intercâmbio sempre vai ser uma experiência única. E se algo dá errado e você sabe que é mais forte do que isso e consegue resolver por conta própria, acaba sendo bem melhor do que criar um problema maior ainda.
Eu sou forte e eu sei que no final de tudo vou ter aprendido pra caramba. Se isso me custar alguns dias de choro e chá com leite, que seja, nada é pra sempre.

Trilha sonora: "You Only Live Once" The Strokes

Au revoir!
25.4.11

Life is much too short to sit and wonder..

 Depois de uma cochilada de cinco horas e meia e o meu estômago ainda cheio com o almoço festivo, eu me reviro na cama e os meus olhos vão se abrindo lentamente enquanto se acostumam com a luz que entra no quarto. São oito e meia e o sol de Montreal ainda não foi embora. A Rachel me contando o sonho dela fica em background, porque a minha cabeça está em outro lugar.
 Hoje foi a nossa páscoa aqui com a família Klove e eu me senti um pouco fora do lugar. A simpatia de todo mundo não foi o problema, definitivamente, mas a falta de um abraço familiar, alguém que me conhece a vida inteira, me deixou um pouquinho pra baixo.
Saudade pra mim é uma coisa esquisita. Eu não quero voltar pro Brasil, e muito menos preferia estar lá, mas o que me faz falta são algumas sensações. Sabe quando alguém te conhece mais do que você mesmo?
 Chega a ser um pouco assustador, pela primeira vez eu estou aprendendo a ser mais desapegada às coisas. E às vezes me pego pensando em sair pelo mundo, um ano em cada lugar, explorando, conhecendo, mudando. Novidade passou a ser uma das minhas coisas favoritas e a idéia de chegar em um lugar em que ninguém te conhece ou te viu antes me faz sorrir.
Tudo isso me faz pensar na minha palavra favorita: Efêmero. É nisso em que a vida se baseia. Tudo, tudo passa, e eu descobri a sensação de estar totalmente solta, livre, e saber que é inútil se prender a pequenas situações.
 E as fotos da minha gaveta vão continuar lá, guardando algum momento para mim. Eu sei disso, tem coisas que nunca se perdem, e mesmo que a gente mude milhões de vezes, se esqueça, desapareça, em algum momento voltamos às velhas fotografias pra se recordar.
 E é isso o que eu quero, experiências que tenham algum sentido, e que no final, por mais efêmero que seja, eu sempre tenha alguma foto pra guardar.

Trilha sonora: "Lifeline" - Ben Harper

Au revoir!
21.4.11

In the morning in the winter shade..

Brigadeiro com sorvete, roupas confortáveis, canecas cobertas de chá bem quente e todos os olhos da sala vidrados nos playoffs de hockey; clássico Boston X Montreal. Três gols para ambos os times e o suspense só aumenta. E a minha parte canadense vai aparencendo mais e mais.
Essa última semana, com o tanto de hockey que eu tenho assistido, o meu lado patriota se destacou completamente. Eu amo, amo mesmo esse país e só de pensar em voltar me dá um friozinho na barriga. Eu tenho uma saudade imensa do que eu deixei lá, e um carinho gigantesco por São Paulo, mas ao mesmo tempo eu sinto que não estou pronta pra sair de Montreal. Eu ainda tenho muita coisa pra viver por aqui.
Agora as coisas estão começando a se desenvolver e mesmo com alguns probleminhas, draminhas na escola, eu sinto uma sede tão grande de conhecer tudo, explorar todas as minhas possibilidades por aqui. E é nesse meio termo que eu entendo melhor algumas coisas sobre mim.
Estou tentando superar alguns desafios e provar para mim mesma do que eu sou capaz, e ainda sim eu fico com a sensação de ter o tempo todo um cronômetro no fundo da minha cabeça, contando todos os segundos, as experiências maravilhosas que eu passo por aqui.
E o tempo voa..

Trilha sonora: "Casimir Pulaski Day" - Sufjan Stevens

Au revoir!
14.4.11

Uma semana atrás..

"Holla! 
Acabei de voltar da academia, a casa está cheirando ao brunch épico que a Rachel resolveu cozinhar, os pais não estão em casa e o rádio esta no último volume! Cee Lo Green grita "Forget You" enquanto nós dançamos na sala coberta de sol que irradia pelas janelas abertas. O dia esta maravilhoso (: 
Semana que vem serão as viagens de formatura, o que significa que 180 alunos do Senior Year do LPHS (de 200) vão estar ou em Nova Iorque ou na Europa. Básico. Em quanto eu, e alguns dos 20 alunos que ficaram, vamos nos sentar nas mesmas cadeiras empoeiradas sete vezes ao dia e tentar ignorar a nossa vontade de ir embora.
Todos os dias eu me prometo que vou voltar à minha dieta e praticar mais exercícios. Mas não é bem o que vem acontecendo.. Bom, já estou super orgulhosa de como eu venho levando as coisas por enquanto, eu me controlo pra caramba e tenho academia 4 vezes por semana. O que dá pra manter, mas sinceramente, uns 3, 4 quilos à menos não me fariam nada mal! 
O PROM vai ser em julho, mas as expectativas de todo mundo já estão no céu; vestido, salto, limosine, unha, cabelo, maquiagem..  São praticamente as únicas palavaras que circulam pelos corredores lotados da escola. E sim, por mais que eu não me importe muito com alguns dos preparativos, eu sei que vou lembrar dessa noite por muito tempo. Então vamos fazer valeeer!
Um viva para um pouquinho de superficialidade canadense!
Au revoir!"

Sim, eu escrevi isso extamente uma semana atrás e esqueci de postar.. Beleza, beleza.. Mas o que importa é que estava salvo e agora está aqui (:

A trilha sonora é, obviamente: Forget You (Fuck You) - Cee Lo Green

27.3.11

Seeking out the memories I hold in

Chá com leite e mel, conversas jogadas fora na mesa de jantar, esmaltes espalhados, e eu, Cindy e Rachel rindo baixinho para não acordar o Baby Scott (bebê lindo da Cindy). Depois de um dia meio preguiçoso com direito à cinema no fim da tarde, aqui estamos, fazendo confissões e fofocando antes de ir dormir. O calor do chá está começando a me dar sono, e o barulho do vento batendo nas folhas secas do lado de fora me acalma.
Hoje eu estive pensando como é esquisito criar todos esses vínculos sabendo que talvez eu nunca mais veja essas pessoas, e que tudo está meio que numa corda bamba; por mais que eu queira me aproximar, eu não quero sentir falta. Mas eu já decidi. Vou aproveitar cada segundo, e não me importar como fim de tudo isso, eu vou fazer tudo o que eu tiver que fazer e não deixar nenhuma oportunidade escapar.
Eu percebi que eu já amo algumas pessoas aqui. Não só gosto, amo mesmo. E talvez elas permanecam na minha vida para sempre, mesmo que seja só na lembrança.
Já aprendi que tudo é efêmero e qualquer coisa um dia acaba se perdendo, desvanecendo sem que a gente perceba. Mesmo que eu me apegue, o tempo passa rápido, então não faz o menor sentido me preocupar.
Eu só quero passar por tudo isso e poder dizer no final "Foi bom em quanto durou" :)

Trilha sonora: Walnut Tree - Keane

Au revoir!
24.3.11

To the shores of freedom, where no one lives..

Jogada no sofá de canto da sala, assistindo os famosos rivais de ringue Montreal e Boston em uma partida bem acirrada de hockey, ignorando os bipes do celular e com a maior dor de cabeça do mundo. Eu me sinto bem melhor desde o último post. O segredo é saber que praticamente tudo é psicológico: Se eu não quero que alguma coisa me afete, é só pensar que não vai me afetar! E depois que passa você sente que fez uma super tempestade em um copo d'água, que todo o drama foi desnecessário, e é verdade, fazer de tudo para evitar esses momentos ruins é o mínimo que eu posso fazer. Tá tudo tão bom (:
Eu amo Montreal, amo mesmo, e não vou deixar coisas pequenas estragarem isso.
Agora estou fazendo contagem regressiva com os meus amigos para o meu sweet-sixteen canadense e tentando riscar o máximo de itens possíveis da minha lista de "Coisas para fazer em Montreal antes de voltar"!
As amizades estão ficando cada vez mais sólidas e eu tenho muito medo de pensar que julho está chegando.. Eu não queria que os dias passasem tão rápido, e às vezes eu até penso em ficar aqui pra sempre, mas sei que tem uma vida inteira esperando por mim no Brasil.
C'est la vie..


Trilha sonora: Joseph Arthur - Honey and The Moon

 
Au revoir!
21.3.11

High School DRAMA

Sinceramente, até os momentos ruins tem que ser aproveitados. Se eu tive um dia péssimo, é porque eu estou acostumada com melhores, e isso deveria me fazer sentir muito bem. Mas vamos ser realistas, às vezes, por mais positiva que eu tente ser, uma recaída é inevitável.
Estar sob pressão não é fácil, eu sinto como estivesse sendo observada por um microscópio e que cada passo que eu dou está sendo contado. Com certeza é algo que eu não estou acostumada. Mas tudo bem, muito dessa atenção trás coisas boas, mas quando tudo assenta e as pessoas já se cansaram, elas precisam achar uma nova diversão. Pra dar uma apimentada nas coisas.
É aí que vem os boatos, fofocas, rumores, como você preferir. E pode apostar que isso é REALMENTE uma das coisas com a qual eu não sou nenhum pouco experiente. Por que mesmo alguém iria se dar ao trabalho de inventar alguma coisa sobre a MINHA vida?
Eu vou ser bem sincera, eu não sou o tipo de pessoa que arranja briga, causa problemas, chama a atenção, etc. Pode até ser um problema, mas muitas vezes eu me preocupo muito em fazer com que as pessoas a minha volta gostem de mim. E isso acaba compartilhando muito da minha personalidade.
Sempre foi assim.
E eu acho que é por isso mesmo que quem me conhece não acreditaria em nenhum boato absurdo sobre mim. Muito menos os que correm pela série 11 do LPHS. Então eu não deveria me preocupar. O que conta é que eu, e as pessoas que realmente importam, sabem da verdade.
E se pra perceber isso for preciso de um dia cheio de chocolate quente, Kraft Dinner e lágrimas, que seja,  porque no final eu sei que eu preciso ser muito mais forte do que qualquer drama de colegial.
E eu não tenho dúvidas de que qualquer um é capaz disso (:

Au revoir!
19.3.11

Je ne regrette rien

Tarde gostosa, french coffee, pecan pie, 1˚C, Family Guy com a Rachel e as coisas só melhoram. Depois da conversa com a Johanne sobre a minha relação e conforto com a família tudo ficou muito mais natural. A Rachel é, com certeza, uma das minhas melhores amigas por aqui, e eu tenho muita, muita sorte de morar com eles.
Eu parei pra pensar e essa foi a segunda tarde, nesses quase-dois-meses, que eu tirei para não fazer nada. As coisas por aqui tem sido uma loucura, as horas voam e eu nunca tenho tempo pra nada. É uma delícia finalmente dar uma parada e poder aproveitar um pouquinho desse lindo sol canadense.
É claro que o drama na escola continua, os problemas, as dificuldades, nada para. Mas poder esquecer um pouquinho e olhar de longe a minha sorte me faz tão bem.
Primavera vem chegando, a neve está derretendo, e eu já sinto saudade de cada momento em Montreal. Vou precisar aproveitar os próximos quatro meses com toda a minha vontade, porque eu tenho certeza de que eles serão alguns dos melhores da minha vida.
Eu amo esse lugar (:

Au revoir!

E muito, muito tempo sem desabafar..

Estava editando um novo vídeo pro DC e percebi que aquela sensação gostosa de desabafar, escrever tudo o que eu estava pensando, já não existia mais quando eu postava aqui. Eu acho que eu acabei fazendo uma das coisas que não se pode fazer de jeito nenhum quando se tem um blog pessoal: Deixei de escrever POR MIM. Sei lá, o vínculo do vlog com o blog acabou me fazendo pensar (de alguma forma) que eles tinham o mesmo propósito, e foi aí que tudo desabou. Aqui é quase o meu escape, eu gosto de postar tudo o que está na minha cabeça, mesmo que não faça sentido, porque afinal de contas o blog é para mim mesma.
Não que o Destino Canadá não seja verdadeiro, porque o motivo dele é justamente tentar relatar exatamente a minha experiência por aqui. Mas essa é a diferença, eu não quero "relatar" coisas por aqui, eu só quero escrever.
Então vou parar com o formato comercialzinho que os últimos posts tem tido. Cansei.

Au revoir!
2.3.11

É só o começo!

E mais uma vez eu deixei o blog um pouquinho de lado. Eu acho que isso acabou sendo um bom sinal, afinal, eu soube lidar com as coisas que tem acontecido por aqui sem ter que me apoiar em nada. Mas posso garantir que tudo fica mais fácil depois de passar o peso dos pensamentos pro teclado.
Hoje eu fiquei bem feliz, depois de um dia consumista com o Matheus, voltei pra casa umas seis da tarde e desde então, eu e a minha mais nova quase-irmã-canadense, não nos desgrudamos. Assistimos toneladas de episódios de reality shows idiotas,  contamos piadas, pintamos as unhas, cantamos country no último volume com a reprise do American Idol.. E por aí foi, até 1h da manhã o fôlego não acabava e muito menos as nossas risadas. Tudo tem melhorado tanto.
É claro que com o passar do tempo, a gente vai encontrando coisas e coisas que nos incomodam, ou que não são a exatamente como esperavamos. Tudo tem seus altos e baixos. Mas em questão de relacionamento, pelo menos o meu com a Rachel, tem melhorado pra caramba! (:
Na escola, a relação com as pessoas vai progredindo, você vai criando vínculos, conhecendo melhor todo mundo e cultivando o seu espaço. Fez um mês que eu estou aqui e eu nem percebi. Mas o tempo ainda não foi suficiente para deixar tudo estabilizado, é claro, ainda é tanta novidade.
Entretanto eu estou feliz. Estou mesmo. E por mais que eu ame meus amigos, a minha família e tudo mais, não poderia me imaginar em outro lugar agora. O intercâmbio era uma das coisas que eu mais queria nessa minha fase, e fico contente em dizer que está, com certeza, sendo uma das melhores experiências da minha vida.
É isso aí, eu sei que não parece fácil, e não é mesmo, mas eu posso dizer que quero aproveitar cada segundo dessas dificuldades. Eu já estou crescendo pra caramba com tudo isso. E é só o começo.

Au revoir!
20.2.11

Mais uma despedida

E chegou um dos dias que eu mais temia por aqui: A volta da Kira. Sim, a minha quase-irmã alemã que vivia comigo aqui na casa dos Doyon e que me ajudou tanto nessas primeiras duas semanas da minha vida canadense foi embora. Por um lado eu estou feliz por ela estar voltando para a casa dela depois da experiência incrível que ela passou, mas não vou mentir que as coisas não vão ser as mesmas sem ela. E já não estão sendo.
Eu gosto muito da Rachel, gosto mesmo, mas a nossa relação é muito diferente da que eu tenho com a Kira, não somos tão próximas assim.. O que importa é que agora ela não está mais aqui, e que não adianta imaginar como seria se ela estivesse, e sim ficar feliz pelo o que a gente já passou (:

ATUALIZAÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS:

  1. Baile de Máscaras 20/02: Um jantar de gala de 7 escolas diferentes, eu sentei com as meninas da minha escola e foi muuuito divertido! A Flávia também foi, dançamos e rimos muito! A única coisa não tão legal foi o jeito que a Rachel fica quando ela está com as amigas dela.. Nada legal.
  2. Saída com o Lorenzo, Matias e Ana 21/02: Siiim, eu reencontrei o Lorenzo, do diário de intercâmbio! Fomos no StarBucks com mais dois amigos canadenses dele! 
  3. Nova Iorque: As meninas que eu estou ficando amiga na minha escola me chamaram para uma viagem em abril. Elas vão para Nova Iorque como "viagem de formatura"antes do Prom (: Vai ser óoootimo! 

Au revoir! 
11.2.11

High, High School!

Ah! Não acredito que o meu último post sobre a escola foi tão depressivo! Os meus primeiros dias na Lindsay Place não poderiam ter sido melhores (: Como eu entrei no meio do ano e sou a única intercambista de lá, as pessoas foram suuuper simpáticas comigo e me ajudaram em tudo. Para toda aula alguém ia comigo e me ensinava como chegar nas salas, não sentei sozinha no almoço e tudo acabou dando certo!
Não vou dizer que eu sou a pessoa mais popular do mundo, ou que coisas extraordinárias aconteceram comigo, porque não foi assim. Mas eu realmente não esperava tamanha receptividade e gentileza de todo mundo.
Além do mais, se você está em um país diferente, com uma língua diferente, com uma nova família, por sua conta, alguns amigos e um pouquinho de ajuda não faz nenhum mal!
A única coisa que tem me deixado meio pra baixo esses dias é a volta da Kira para a Alemanha. Eu sinceramente não tenho nem noção da saudade que eu vou sentir dela, porque eu sei que vai ser MUITO grande. Mas o pior de tudo é que eu simplesmente não consigo imaginar a minha vida aqui sem ela. Não mesmo..
Agora eu preciso dar uma arrumada no meu quarto e me preparar para ir no cinema com ela e uma amigas (: Pelo menos aproveitar os últimos dias da minha quase-irmã por aqui..
E para terminar, um pouquinho de nostalgia com uma foto nossa :D

Au revoir!
10.2.11

O último baile

Uau. Hoje eu tive o meu primeiro "High School Dance", me senti de volta à quinta série e em um filme ruim dos anos oitenta. Cartazes de Valentines Day espalhados pelos corredores, aonde alguns colegiais se recostavam com seus copos plásticos cheios de refrigerantes coloridos e conversavam estericamente. Olhares críticos de cima à baixo para as roupas de qualquer outra pessoa que passasse por sua frente, ao som da música rudemente selecionada que escapava estridente por detrás das portas do ginásio.
Eu e um grupo de mais ou menos seis pessoas passeávamos pela escola distraídos, fazendo comentários de hora em hora sobre  como odiávamos estar ali.
Realmente, primeira e última vez.
Chegou uma hora que não tinha mais como andar pelos corredores sem se sentir ainda mais entediado, e até sentar nos bancos que eventualmente nos acomodávamos para reclamar já não era mais tão divertido. Então desencanamos e tentamos nos divertir. Acabou saindo tudo numa boa, muitas risadas :) Mas nada pode mudar a minha visão sobre bailes escolares como esse, definitivamente.
PS: Eu tive a minha primeira "slow dance", beeeem de filme, posso garantir!
Para completar tem algumas fotos de ontem, eu, a Kira, a Rachel e o Diego. No porão aqui de casa, na conversa mais animada da história canadense (:

Au revoir!
7.2.11

Lindsay Place High School

Eu entrei no carro sabendo que não podia esperar muito da reunião com o coordenador da minha nova escola, mas não pensei que isso tudo fosse me afetar tanto. Até agora eu não tinha me sentido assustada, com medo de estar aqui por conta própria, mas acho que caiu a ficha de que nem tudo vai ser fácil por aqui.
Cruzei os corredores até chegar ao escritório, acompanhada pela Cindy, do International Center. Sentada na cadeira de madeira pixada de branquinho, eu assisti a atrapalhada troca de documentos, em quanto alguns comentários confusos com sotaque chinês eram feitos por ela e replicados, em uma tentativa inútil de explicação, pelo coordenador. Ele falava de como o que importava era o meu aprendizado da língua inglesa, e que isso deveria reflectir nas aulas que eu escolhesse, mas a minha cabeça estava em outro mundo. Não era assim que eu imaginava as coisas acontecendo. Tinha algo fora do lugar.
Ele resmungou com a voz grossa que não haveria a possibilidade de eu cursar todas as matérias que a minha escola brasileira havia solicitado, e que, em pró do meu crescimento cultural, eu deveria estudar com pessoas mais maduras em algumas aulas, uma série acima da minha.
O programa de música não ia de acordo com a propaganda que me fizeram na agência, definitivamente, se eu realmente quiser fazer algo relacionado à isso, a minha saída vai ser o Glee Club.
Entre esses e outros problemas, a minha cabeça foi ficando cheia. Aqueles pensamentos que costumavam vir há mais ou menos um mês antes do meu embarque. Aquela sensação de estar sozinha.
Tudo bem, eu sei que as coisas vão se resolver e que às vezes eu posso me preocupar demais. Mas mudar de vida em um estalo de dedos supostamente não é fácil. Ninguém disse que seria.
Corri pra dentro de casa com o mapa da escola ainda entre os meus dedos, e tentei me aconchegar na cama recém-feita. O telefone apoiado no ombro e as lágrimas escorrendo. Ê, saudade.
É, ninguém disse que seria fácil.

Au revoir
6.2.11

Downtown

Ontem eu fui, pela segunda vez, para o maravilhoso Downtown de Montreal. Às onze e quarenta da manhã eu, a Flávia, o Matheus (intercambistas brasileiros), a Kira e a Paula (intercambista mexicana), nos encontramos no Starbucks do Eaton center e começamos a nossa missão consumista. Eu tive que comprar algumas coisinhas para a minha sobrevivência aqui e desbloquear o meu celular. E, por incrível que pareça, aqui não é tão barato, e acabei gastando mais dinheiro do que gostaria. Mas o que realmente importa é a ótima vista de cidade grande com um ar europeu do centro. Nada se compara às construções antigas se destacando em meio à placas iluminadas e buzinas insistentes dos canadenses. E, como a fiel turista que eu sou, é óbvio que eu levei a minha câmera à todos esses lugares e gravei grande parte da nossa visita! Jajá vai ter vídeo!
Deu pra ter uma primeira noção do funcionamento dos metrôs daqui, e me surpreendeu muito a eficiência de tudo, inclusive ônibus! Eu espero que essa primeira impressão continue até o final da minha viagem!
Minha gripe tem dado uma melhorada, mas ainda estou meio de molho nesse último dia pré-aulas.. Agora mesmo estou aconchegada no sofá perto da lareira, vendo um filme super bobinho produzido aqui na cidade, tomando chocolate quente, comendo os muffins de blueberry recém feitos pela Rachel e assistindo a neve cair através da janela.
E enquanto a Maggie (cachorrinha da família) brinca com o meu pé eu escrevo esse post meio inútil.. Aí vai uma foto nossa hoje de manhã, junto com as compras:

HAUL DO DOWNTOWN:

  1. Carregador do celular, tava na hora, né! 
  2. Adaptador de tomadaaa!
  3. Desbloqueei o celular (:
  4. Remeditos.. 
  5. Malhas quentinhas da Forever XXI
  6. UGG Boots, eu as acho MUITO feias, mas agora eu entendo porque as meninas as usam tanto. Elas são as mais quentinhas do mercado, e só assim você sobrevive à -30 graus ): 
Au revoir!
4.2.11

+8

Cinco chícaras e meia de chá depois e eu meu resfriado continua intacto. Delícia. 
Hoje foi mais um daqueles dias totalmente inúteis, mas que me renderam uns bons três vlogs que jajá serão postados (: Me ligaram da escola para avisar que as minhas aulas começam segunda-feira e que as 9h30 alguém do Internation Center vai vir me buscar aqui. 
Só de pensar em aulas em inglês, cheerleaders e jogadores de football americano eu já sinto o friozinho na barriga. E, por incrível que pareça, em meio à todo o meu optimismo de intercambista, uma das únicas coisas que realmente me aterroriza é a escola. Não sei se por medo de não fazer amigos, talvez pelas aulas em inglês, não importa, só de pensar já me dá arrepios. 
Mas eu realmente espero que essa segunda-feira seja bem especial para mim, e que toda essa negatividade na minha cabeça seja equivocada. Vamos torcer.. 
Bom, agora são 0h26am aqui em Montreal e eu estou, desde as cinco da tarde, tentando postar um vídeo filmado no Brasil e recém editado aqui na gringa. Acontece que problema não é o vídeo ir para o Youtube ou não,  e sim ele ir com seus primeiros minutos desprovidos de imagens. Nada bom ): 
Mesmo assim vou continuar tentando, se nada der certo, acho que ninguém se importaria de ficar sem o vídeo das compras, né? 
Enfim, estou tentando incorporar o vídeo da despedida, que uma das minhas melhores amigas fez, ao meu canal. Mas como a minha competência com computadores é realmente esplêndida, eu não sei se isso vai mesmo acontecer.. 
Independente de qualquer vídeo sem som ou choradeiras no aeroporto, amanhã de manhã (hoje) eu vou com a Flávia, a Kira, a Paula e o Matheus para o DownTown e eu realmente preciso dormir! Prometo mandar mais notícias!

Au revoir! 
3.2.11

+7

Eba, minha primeira semana completa aqui no Canadá e eu já ganhei um resfriado, que delícia! Eu já esperava isso pela mudança drástica do clima, mas, secretamente, eu torcia para que alguma coisa no meu organismo tivesse se alterado e eu não ficasse mais doente a cada mudança de grau, como antigamente. Obviamente não foi esse o caso, e agora aqui estou eu na minha belíssima cama canadense, a mesma em que eu passei este ocupadíssimo dia inteiro deitada, postando em meu recém recuperado blog de que eu tanto sentia falta.
Eu sei, não posto aqui e nem no vlog há milênios. Me sinto péssima por isso. Eu realmente esperava chegar aqui e filmar mil coisas, contar detalhe por detalhe, mas a minha bendita incompetência com computadores resolveu se manifestar logo em minha chegada. Só hoje eu consegui realmente passar por todos os recados e mensagens no Facebook e responder os meus amigos enfurecidos e carentes (que eu tanto amo :D), clicar em "inscrições"no Youtube e, pela primeira vez, perceber que haviam mais de seis páginas de novidades para mim, abrir o e-mail e deletar todos os spams, e, finalmente, entrar aqui no blog e postar alguma coisa.
Me sinto bem melhor assim. Parece que a minha vida está se re-organizando. Eu senti tanta inveja de pessoas como o Lorenzo (intercambista que também tem um vlog e que agora está em Barry, Toronto), que, além de postar o vídeo que fizemos juntos no aeroporto de Toronto, já atualizou seu canal com no mínimo mais umas três filmagens da sua nova vida canadense. E SÓ FAZEM SEIS DIAS!
As pessoas trabalham rápido.
Mas não sei, agora eu estou bem doente e estranhamente disposta.. Já que até agora não me ligaram do International Center me autorizando a ir para escola, acho que amanhã vou gravar alguma coisa e editar o último vídeo feito no Brasil (:
Sinto falta disso tudo!
Aqui vai um vídeo que uma das minhas melhores amigas, e já citada no blog, a Gabi, fez da minha despedida no aeroporto e o vídeo do Lorenzo com uma rápida aparição minha!


http://www.youtube.com/watch?v=-Tt4lIA9doY

http://www.youtube.com/watch?v=G_FXt5QR3jM

Au revoir!

+6

TO VIVAAAA!
Uau, ficar sem postar aqui realmente não me faz bem. Os dois últimos dias em São Paulo foram TANTA correria que eu não tive tempo nem para arrumar a minha mala direito.. Cheguei aqui em Montreal e meu computador não conectava à internet! PERFEITO.
Só depois de seis dias canadenses a minha host-sister Rachel, que não sabe uma palavra de português, conseguiu decifrar o problema e consertou tudo em dois segundos. É, acho que computadores não são o meu forte.
Mas vamos tirar tudo à limpo! Óbvio que eu vou querer fazer mil posts hoje contando tudo dos primeiros dias, mas eu vou tentar dar uma acelerada e resumir algumas coisinhas:

  1. AEROPORTO: A coisa mais fácil do mundo! Eu me preocupei à toa. De verdade, a única coisa que você precisa fazer é andar seguindo as placas, eles te explicam tudo o que precisa ser feito. Se você tiver os documentos em mão nada vai dar errado (:
  2. CHEGADA: A Rachel e a Kira vieram me receber no aeroporto de Pointe-Claire! Nada de apertos de mão como o cara da agência disse, abraços de verdade! A família foi super receptiva, não podia ter sido melhor! 
  3. FRIO: Uau, se você imagina algo frio multiplique por cinquenta. É, o segundo dia foi reservado para comprar um casacão. Se bem que as segundas peles, meias, etc, que eu comprei lá no Brasil super serviram :D
  4. A FESTA: Eu acho que eu vou acabar dedicando um post à isso, porque foi algo que realmente me surpreendeu. No Brasil nós temos um conceito de festa MUITO diferente daqui, as nossas festas normais lá, significam "clubs"aqui, o que é para maiores de idade. Ou seja, se você está no Canadá e te chamarem para uma "party"espere uma reuniãozinha com uns dez amigos, o que pode não ser nada ruim (: 
Au revoir! 
26.1.11

-2

Já está tudo bem. Quer dizer, quase.
Eu resolvi ignorar todo o tipo de pensamento que eu teria antes em uma situação como essa e aproveitar (: Sim, eu não preciso de nenhuuuum drama nesses últimos dias de São Paulo, porque a despedida já vai ser demais pra mim..
Eu estou feliz, estou ansiosa, estou com saudades dos meus amigos (já, eu sei..), da minha família, e até do Stinky, o meu cachorro. Também estou fazendo um super esforço para manter o "Destino: Canadá" em movimento, porque apesar de eu amar fazer vídeos, o tempo agora é super curto. E eu digo o mesmo pro blog ): Não vou parar de escrever e nem de filmar, isso eu posso prometer! Porque apesar de não parecer, eu me sinto muito melhor fazendo isso. Mas também posso dizer que nesse dois próximos dias vai ser meio complicado..
Agora é a reta final, eu já comprei tudo o que precisava (só falta o bendito CD de músicas brasileiras), amanhã é minha festa e depois embarque! Eu nem acredito..
É engraçado como as coisas passam rápido. Você planeja tudo direitinho, e parece que nenhum dos seus planos coube no tempo real. E o pior é que eles cabem, mas a gente esquece, a gente perde um pouco o ritmo. E depois volta com tudo, e volta bem pertinho do fim. Mas é bom, é bom pra dar uma acordada, entender que realmente está ali e está acontecendo.
É, está aqui e é agora.

Au revoir!
25.1.11

-3

Eu juro que nem sei o que dizer. Meu pai disse que se recusa a me levar no aeroporto e que seria melhor eu ir de taxi. Uau.
24.1.11

-4

QUATRO DIAS!
Quatro dias e eu estou ficando louca!
Hoje eu separei metade das coisas que eu vou colocar na mala. Haja espaço. Eu vou ter que ser muuuuito seletiva a partir de agora e só colocar o que eu realmente preciso, sem restrições! Se alguém estiver lendo isso, e esse alguém for um pré-intercambista, por favor, lembre-se na hora de arrumar a mala que:

  1. Vale à pena levar só uma mala (para poder voltar com outra!)
  2. Tentar não levar muito volume! Então se você quer levar um creme que você ama, ou coisa do tipo, e ele tem uma embalagem grande, coloque em um recipiente menor. Eu comprei vários potinhos de 50ml e 100ml e foram super úteis! 
  3. Sempre pensar que você vai acabar, de um jeito ou de outro, comprando coisas por lá, então não tem porque levar todo o seu armário. 
Bom, eu só consegui descobrir isso depois de um bom tempo arrumando as coisas, e tive que tirar mais metade do que escolhi. O legal é que agora eu já tenho uma super noção do que falta e de quanto eu ainda posso por na mala (: Tomara que eu consiga preparar tudo certinho e à tempo!
Além de tudo, eu lembrei HOJE, quando a minha amiga Lu veio pra casa, que eu ainda tinha que organizar uma festa de despedida inteira, e que ainda não tinha chamado ninguém! Sim! Com quatro dias antes da minha viagem! 
Vou ter que correr muito se quiser que tudo isso dê certo, mas acabei marcando a festa pro dia 27 à noite,  e até lá ainda tenho muito o que pensar! 
Me desejem boa sorte :D

Au revoir! 
23.1.11

-5

Despedidas são difíceis. Beeem difíceis. Eu descobri isso hoje, mas vou no final dessa semana já vou ser uma expert, com certeza..
O que importa é que eu também estou aprendendo a me acostumar com a idéia de que vai ser bom e que eu tenho que me preocupar bem menos com a saudade e ir aproveitar a minha viagem (: Vai ser ótimo!
Bom, ontem foi o jantar de despedida com a minha família materna. Eu e as minhas primas pedimos pizza, comemos porcaria, vimos filmes à noite inteira, conversamos, rimos muuuuito... E hoje ainda acordamos com o maior pique para tomar sol, dar uma nadada e cozinhar! Foi uma delícia.
Elas duas e o resto da família escreveram cartinhas lindas que eu reservei para ler durante o vôo. Eu tenho certeza de que não vou agüentar e chorar horrores, mas faz parte..
Elas são como minhas irmãs mais novas, e eu sinto que, de um jeito ou de outro, acabo as influenciando um pouquinho. E eu quero muito ser um bom modelo para elas, e tudo mais, mas além disso elas são minhas amigas, e vai ser super duro passar esses seis meses sem vê-las. Eu tenho certeza que vou voltar e vai parecer que passou uma eternidade, elas vão estar gigantes, lindas e.. mais velhas!
Eu odeio ter que perder uma parte da vida delas, porque pra mim é super reconfortante sentir que elas sempre vem até mim pedir conselhos ou contar alguma coisa, e eu vou poder ajudá-las, estar perto. Agora vai ser diferente :/ De qualquer jeito eu vou sempre tentar pensar pelo lado positivo, porque eu sei que existe e-mail, Skype, e o meu velho vício Facebook.
 Então vamos deixar a negatividade de lado e ir para as compras de ontem:
HAUL DE COMPRAS NA DECHATLON:

  1. Casacão de três camadas 
  2. Bota Timberland para neve
  3. Segundas peles (de blusa e calça)
  4. Casaco de zíper beeeem quentinho 
  5. Casaco fino, quente e fechado para sobreposição
  6. Meias! Bem grossas e quentinhas! Além de outras da sessão especial para neve, com controle térmico, de umidade e de transpiração, ótimas! (: 
  7. Gorro ):
  8. Luvas! Uma bem grossona e outra fina, com um daqueles tecidos sintéticos que esquentam horrores! 
  9. Cachecol 
PRESENTE DA VOVÓ: 
Uma palmilha térmica da Alemanha! Ela é de espuma e uma camada alumínio, parece ótima (:


Au revoir!
22.1.11

-6

Ontem-à-noite/hoje-de-manhã a insônia foi um dos meus maiores aliados. Sim, eu finalmente fui em um histórico Noitão do Belas Artes e consegui não dormir! Começamos com um filme surpresa, melhor impossível! As risadas eram intermináveis com John Cusack e Jack Black em "Alta Fidelidade", nos divertimos muuuuito! Depois de alguns cafés e o intervalo, a sessão voltou com o filme espanhol "Labirinto de Paixões", de Pedro Almodóvar. Adorei a ironia e criatividade, com certeza foi um dos meus favoritos! E para terminar, assistimos à pré-estréia de "Amor e Outras Drogas", com a linda Anne Hathaway e o maravilhoso do Jake Gyllenhaal. Vou confessar que esperava um pouco mais, gostei do filme em si, mas não foi algo que me cativou muito. Surpreendentemente não tenho amado mais tanto assim os filmes melo-românticos, como eu costumava... Mudanças, mudanças.. 
Um pouco mais cedo eu fiquei hoooras na Augusta gastando a minha verba pré-intercâmbio! Aí vai a listinha: 

HAUL DE PRESENTES
  1. Colar de aniversário para a Rachel
  2. Doce de leite, goiabada, bananinha, cocada, pé-de-muleque, paçoca, café brasileiro, chá mate, coco ralado e leite condensado.
  3. Havaianas para a Rachel e para a Kira
HAUL DE COMPRAS
  1. Havaina nova
  2. Roupão de banho
  3. Blusas de manga comprida básicas (para sobreposição)
  4. Leggings (para sobreposição)
  5. Necessaires
  6. Potinhos para cremes/shampoo/etc de acordo com as leis do avião (:
Au Revoir! 
20.1.11

-7

Uau, parece que é brincadeira, mas só falta uma semana, literalmente! Eu juro que estou tentando ser a pessoa mais forte do mundo, mas eu não consigo deixar de dramatizar um pouquinho a situação e, como sempre, começar a surtar em cima da hora.
Pois é, a essa altura do campeonato eu ainda não tinha sentido tanto medo quanto eu senti hoje. Eu não sei como, mas todo esse tempo eu, em nenhum momento, parei e pensei o quão realmente vai ser impactante essa mudança na minha vida.
Então hoje, como se já não bastasse eu estar meeeega atrasada em relação à compras e tudo mais, minha mãe não pode sair de casa para começar (sim, começar) a nossa missão consumista. Não teria nenhum problema se eu tivesse algum jeito de pagar por tudo sozinha, mas acontece que eu só tenho 15 anos e nada de cartão de crédito. Acabou que eu fiquei tão frustada por não poder fazer nada à respeito e ainda perder um dia inteiro (em que eu poderia estar me despedindo dos meus amigos) por estar muito em cima da hora, que eu desabei. Começei a chorar que nem uma louca e me vieram todos os medos possíveis que eu poderia sentir em relação ao intercâmbio.
Bom, pelo menos foi uma semana antes, e não no avião...
Eu me acalmei, preparei um chá verde com menta, liguei a TV na Universal Channel que, por pura sorte, estava transmitindo Law & Order naquele exato momento de necessidade, e recostei no sofá. Dormi, dormi e dormi. A dor de cabeça passou, assim como o choro e o soluço. E então a única coisa que veio à minha cabeça foi "vai ficar tudo bem...".
Essa experiência vai acontecer como ela tiver que acontecer, e, mesmo com um começo desajeitado e inexperiente, eu tenho certeza de que no final eu vou aprender muito. Não vai ter nada no mundo que me faça menos preocupada do que eu estou agora, mas a síndrome de pré-intercâmbista é assim mesmo, todo esse terrorismo na nossa cabeça faz parte. E no fim, quando der tudo certo, eu sei que eu vou ficar aliviada e vai ser bem melhor saber que as coisas acabaram muito além do que eu esperava.  Bom, eu realmente espero que eu esteja certa.
Não faço idéia do que vai acontecer, mas eu tenho uma semana e uma viagem inteira para planejar.

MINI-HAUL DAS COMPRAS DE ONTEM:

  1. Lindo centro de mesa artesanal típico do nordeste brasileiro. Presentinho para os gringos (:
  2. Pijama de frio, beeeem quentinho! 
  3. Piercings refeitos! (tive que tirar para fazer a cirurgia das amígdalas) 
Au revoir! 
18.1.11

Update

Dor de cabeça, preguiça e muito sono. Isso resume o meu dia de hoje, o que não é muito bom. Esse resto de tarde é praticamente o último tempo livre que eu vou ter até o dia 28, e eu preciso tentar ao máximo relaxar e descansar. Acontece que a minha cabeça está à mil pensando em tudo o que eu ainda preciso fazer, planejar.
Os maiores problemas são todas as compras que eu vou fazer essa semana e decidir como serão as minhas despedidas. Sim, no plural! Segundo a minha mãe, eu preciso fazer um jantar para a família, organizar uma festinha para os amigos e um jantar/reuniãozinha para os mais próximos. Haja tempo. E tudo isso entre a correria dos médicos e dias consumistas!
E como se já não fosse demais, eu ainda consegui ficar tão nervosa e ansiosa à ponto de não conseguir dormir direito quase nunca. Isso está me matando, de verdade.
Eu só espero que toda essa produção acabe me deixando cansada no final do dia, e que eu possa, finalmente, ter uma ótima noite de sono. É só o que eu peço...
Au revoir!
17.1.11

Blogs, blogs...

E está cada vez mais perto!


Se deu pra perceber, eu diminui um pouco o ritmo de posts por aqui... Eu sei, a minha quarta meta de ano novo era manter o blog, e constantemente. Mas por um lado eu estou tentando passar mais tempo com as pessoas que eu gosto e que vou ficar sem ver durante esses seis meses, e por outro eu acabo esquecendo de escrever por aqui. Prometo que vou tentar melhorar e talvez criar uma rotina de posts. Não porque eu tenha muitos leitores que sentem falta do que eu eventualmente desabafo, mas porque eu gosto de me manter organizada.
Não sei, eu acho que as pessoas devem pensar que não tem muito sentido escrever em um blog 1) sobre a sua própria vida 2) sem muitos leitores 3) sem algum propósito definido. Mas a questão é que depois de escrever eu me sinto tão bem. Parece que quando eu ajeito os travesseiros, posiciono o chá quente na cabeceira, me recosto e começo a digitar, tudo o que eu estou pensando começa a se organizar em forma de texto. As coisas ficam mais fáceis.

PONTOS ALTOS DA SEMANA

  1. Summer Soul Festival (Com as incríveis Amy Winehouse e Janelle Monae)
  2. Ganhei vários inscritos no meu canal do Youtube (:
  3. Aniversário da minha host-sister, a Rachel, e da minha amiga Gae
  4. Confirmação do tombamento do Belas Artes
  5. Dia com as minhas amigas-quase-irmãs-de-infância
PONTOS BAIXOS DA SEMANA
  1. A fonte do meu computador parou de funcionar ):
  2. Sai da dieta mais uma vez...
  3. Postei pouco no blog 
  4. Postei pouco no Youtube
  5. Não fui no noitão do Belas Artes 
14.1.11

Lazy Week

Eu tenho estado tãaaao preguiçosa nesses últimos dias.. Sei lá, os dias tem passado mais rápido, o que significa que eu acabo ficando mais nervosa, o que significa que eu como mais (e na maioria das vezes doce), o que significa que depois eu fico frustrada e resolvo ir dormir. Eu sei, péssimo.
Mas se alguém no mundo conseguisse entender o turbilhão de coisas que vem passando pela minha cabeça, talvez soubesse o quanto é estranho. Eu ainda estou me acostumando a gostar de São Paulo e saber que daqui à duas semanas eu não vou morar mais aqui.
Bom, a única coisa que eu sei, é que eu me sinto muito melhor quando estou mais organizada, quando as coisas estão no lugar. Então eu tenho que parar de uma vez por todas com essa semana preguiçosa e largada. Eu juro que não sei como consegui relaxar tanto assim sabendo que ainda falta tanta coisa pela frente.Vamos voltar aos eixos. 
Apesar do desastre desses últimos dias, que por sinal não adiantaram absloutamente nada na minha vida, o Serra declarou que a proposta de tombamento do Belas Artes está indo muito bem e que é provável que o cinema vire mesmo patrimônio! Depois do último post, você deve imaginar como eu estou feliz!
Aliás, hoje à noite vou viver um clássico do cinema paulista: O noitão. Passar a madrugada vendo filmes com os amigos e sair só de manhãziha, pra tomar café. Eu nunca pensaria em fazer nada remotamente parecido, mas eu me apeguei tanto à idéia de tentar coisas novas.. Confesso que eu venho me surpreendendo com algumas escolhas minhas, utimamente. Mas acho que isso é bom, não é mesmo?
E por último, eu precisava comentar sobre a decepcionante entrevista da Mônica Bergamo com a Vera Fischer na sessão Ilustrada do Estadão de um tempinho atrás (eu daria uns bons dois meses). Hoje de manhã, eu sentei na mesa do café, coloquei a chaleira no fogão, para o chá, e encontrei uma página do jornal dando sopa na bancada. Uma foto imensa da Vera Fischer pairava sob a primeira página da Ilustrada, o que me fez questionar o que (diabos) ela estaria fazendo lá. Sem nem pensar duas vezes eu devorei a matéria em questão de segundos.
Eu deveria, realmente, ter pensado melhor e optado por comer o meu mamão e esperar a minha mãe terminar de ler o jornal de hoje.
Eu nunca tenho nada contra alguém que eu não conheça, e essa não vai ser a primeira vez, mas que aquela entrevista me deixou boqueaberta ela deixou...
Bom, vou terminar o post com alguns fragmentos da matéria e você interpreta como preferir:

"Vera F. - Meus personagens não são nunca pobres, são sempre ricos (gargalhadas).
Coluna - Por que?
Vera F. - Porque eu não gosto, não sei escrever pra gente pobre. Eu detesto."



Au revoir!



11.1.11

Belas Artes

Segunda-feira passada, dia 10, eu peguei o primeiro ônibus Estação da Luz que apareceu na minha frente e corri para o MASP às 2h15, como o combinado. Encontrei com a Gabi, a Clara e o Victor e conversamos até encontrarmos algum sinal de alguém que possívelmente poderia estar vagando pelo patrimônio esperando encontrar o pessoal da manifestação. Com sorte meia dúzia de pessoas foram se agrupando e de lá a gente se juntou também. O Victor foi embora e a Gae chegou, assim como mais meia dúzia de estudantes indignados. Pegamos as placas, os apitos e os cadernos, e o protesto começou.
Se você mora em São Paulo, já deve ter ouvido falar sobre o absurdo fechamento do cinema Belas Artes, na esquina da Paulista com a Consolação, para a construção de uma loja estilo C&A ou Casas Bahia, e, consequentemente, o lucro maior do propretário.
Tudo bem, aqui a lógica está fácil: Sem mais o apoio de patrocinadores ficou mais favoravel para o dono do imóvel utilizá-lo para fins mais lucrativos, e uma loja popular é perfeita para isso.
Acontece que isso significa o encerramento de um dos pontos de encontro favoritos de jovens e adultos paulistanos, que por acaso já tem mais de 68 anos.
Ok, eu estou exagerando um pouco.. Mas realmente fiquei frustrada quando li a notícia no jornal, e o espírito patriota que me tomou nesses últimos dias de São Paulo veio à tona, e me fez querer proteger com todas as minhas forças esse lugar tão querido.
O que seriam das sexta-feiras preguiçosas sem o Belas Artes?


http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/manifestantes-protestam-na-avenida-paulista-contra-fim-do-cinema-belas-artes-20110110.html

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/857804-protesto-contra-o-fim-do-belas-artes-faz-barulho-na-paulista.shtml

http://www.band.com.br/entretenimento/cultura/conteudo.asp?ID=100000387678

http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/paulista-protesto-contra-fim-de-cinema/
8.1.11

Sampa..

É engraçado como só nessas últimas semanas de pré-intercâmbio eu começei a perceber o quanto eu gosto de morar em São Paulo. De verdade, eu nunca tinha reparado a quantidade de coisas que dá pra fazer por aqui, além da super diversidade e a grandeza da cidade.
Eu descobri meus bairros favoritos, programas diferentes que eu nunca me imaginaria fazendo, e que eu vou sim sentir falta daqui.
Vou ser bem sincera, quando eu decidi fazer intercâmbio achei que muita pouca coisa me traria saudade. Eu achei que só a viagem poderia mesmo fixar essa minha mudança (que eu tanto falo por aqui...), e que essa seria a minha chance de fazer e ser o que eu quiser. Mas o tempo foi passando e essa idéia mudou muito, eu posso muito bem ser quem eu quiser e não preciso de nada para me provar isso. É claro que a viagem vai ser um super impulso e me ajudar pra caramba a trabalhar esse lado, mas voltar a morar aqui depois não vai me fazer mal nenhum.
Quem sabe Montreal não acaba superando a minha cidade favorita?
Quem sabe...
Au revoir!
5.1.11

Contagem regressiva

Faltam vinte e três dias para o meu embarque, o que são quase três semanas, e a correria da vida de pré-intercambista começou a pesar só agora. Hoje mesmo eu me toquei de que ainda tenho um milhão de coisas pra resolver antes de ir para o Canadá. Além de querer me despedir de todos os meus amigos, eu preciso comprar roupas de frio, começar a pensar sobre o que eu vou levar nas malas, treinar um pouquinho de francês e inglês, acabar de fazer exames, e principalmente, me preparar psicologicamente para tudo isso.
Caramba, eu não fazia idéia de que estava TÃO perto! E eu nem sei como vou agüentar esse tempo longe de todo mundo daqui. Sério, eu só percebi o quanto vai ser difícil, e como isso é real, agora. 
Eu sinto como se essas três semanas fossem as minhas últimas, e que, a partir do dia vinte e oito à noite, eu vou ter uma outra vida, completamente nova e diferente. 
Então agora eu tenho todas as chances do mundo para fazer o que eu tiver que fazer aqui, e começar tudo de novo mais tarde. É, eu vou mudar bastante, aprender muita coisa, passar por muita coisa.. 
Só espero que esse choque do começo não seja tão drástico assim.. Eu sempre fui muito dependente, sempre tive quem eu gosto por perto e não tenho idéia de como vai ser agora. 
Bom, vou continuar com meu pensamento positivo, a contagem regressiva, e os preparativos (: 
Au revoir! 

3.1.11

Turn and face it straight

Tudo bem, acho que eu devo uma explicação sobre o post anterior...
Foi um péssimo jeito de começar o ano, eu sei, mas eu precisava desabafar pelo menos em algum lugar o que eu estava sentindo. Pode parecer muito idiota, emo, ou a rotulação que você preferir, mas às vezes eu me sinto a pessoa mais fraca do mundo. Como se eu tivesse todas as negatividades do universo dentro de mim e nada pudesse me ajudar. E mesmo que isso tudo venha do motivo mais ridículo do mundo, acaba me tomando por inteiro e eu fico realmente mal.
Mas enfim, já se passaram umas quatro horas desde a minha crise e está na hora de ser mais positiva. O ano de 2010 deixou o começo de muitas coisas e agora só falta um impulso para continuá-las.
Eu fico feliz de ter mudado tanto em um ano, e espero que isso continue. É sempre bom mudar, mesmo que doa um pouquinho. Tem coisas que são difíceis de enfrentar, e uma cabeça fechada não ajuda em nada. Por isso eu estou tentando ao máximo aceitar a efemeridade das coisas e principalmente a minha. Eu tenho que dar menos valor ao que não importa de verdade, não me preocupar tanto assim com as coisas que vão e vem...
Eu vou tentar ser mais forte e continuar crescendo esse ano, espero que cada vez mais eu vá deixando essa preocupação de lado. E que cada vez menos eu precise me sentir assim para me tocar de que as coisas não estão certas.
O intercâmbio vai sim ser uma prova para tudo isso, e eu quero que tudo dê certo. Tudo vai dar certo.
Mas só para garantir, um pouquinho de Camões não vai fazer mal à ninguém. Aí vai o meu favorito:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Nossa, eu acho que eu nunca me senti tão esquisita. Faltam pouquíssimos dias para o meu intercâmbio e eu estou me sentindo mais insegura do que nunca. Hoje veio tudo de uma vez.
Minha mãe não acredita em mim e o meu pai não sabe como falar comigo, eu me sinto feia, gorda e  não consigo me olhar no espelho sem chorar. Dá vontade de dormir o dia inteiro e não sair de casa nunca mais.
Eu sei que isso é a pior coisa da se dizer, principalmente enquanto eu venho tentado ser mais forte e crescer tanto. Mas eu não consigo, de verdade.
Eu queria me esconder até isso tudo passar.